sábado, 31 de outubro de 2009

Time, what is time?

Olá e um Bom Dia! ^^


Andei percebendo que apenas posto uma vez por mês, e que hoje é o último dia de Outubro, então tenho que postar... xD
 

Tenho que fazer postagens menores, não consigo evitar de faze-las grandes, o que deve dar muita preguiça de ler... x__x

Desde o último post, muitas coisas aconteceram. Fiz aniversário, agora tenho 18 primaveras, o que ainda não sei se é bom ou ruim. Também perdi a noção de muitas coisas, cheguei ao fundo do poço da minha humanidade, mas felizmente agora estou conseguindo me recompor. No resto, o de sempre: "Vivendo e Aprendendo"... ^~


Engraçado que já estamos em Outubro, e o tempo continua passando. A vida é tão breve, e ainda assim perdemos muito tempo com coisas que a consomem tanto. Quem já não imaginou largar tudo e ir viver como nas velhas lendas, redescobrindo o mundo e vivendo o que se há de viver? Isso passa pela minha mente every now and then..


O post já tá ficando grande... =x


Hoje é um dia deveras interessante, um Sabbat em Lua cheia! ;P
Então aproveito para desejar, como alguns diriam, um belo Beltane para todos. Pena que copiamos tão cegamente as tradições do norte que comemoram hoje o dia trocado. Mas fazer o que... -__-'


Vou ver se começo a fazer uns posts menores e mais frequentes, tipo esse... (ELE TÁ MENOR!! ¬¬")
Apesar de que estou pra fazer um "Bella Natura III", que não tem jeito de ser pequeno... xD




No mais, vamos vivendo...



Paz!

Victor T.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

So said the wise...




Síntese das Antíteses




Só temos consciência do belo

Quando conhecemos o feio.

Só temos consciência do bom

Quando conhecemos o mau.

Porquanto o Ser e o Existir

Se engengram mutuamente.

O fácil e o difícil se completam.

O grande e o pequeno são complementares.

O alto e o baixo formam um todo.

O som e o silêncio forma a harmonia.

O passado e o futuro geram o tempo.

Eis por que o sábio age

Pelo não-agir.

E ensina sem falar.

Aceita tudo que lhe acontece.

Produz tudo e não fica com nada.

O sábio tudo realiaza - e nada considera seu.

Tudo faz - e não se apega à sua obra.

Não se prende aos frutos da sua atividade.

Termina a sua obra.

E está sempre no princípio.

E por isto a sua obra prospera.

(Lao Tsé)






Paz!

Victor T.

sábado, 22 de agosto de 2009

Bella Natura II

Olá e um Bom Dia! ;D


Seguindo a série "Bella Natura", pretendo contar a história da nossa quest para alcançar o topo da Pedra da Gávea, coisa que sempre quis fazer, mas faltou oportunidade...


Pretendo fazer um post menor dessa vez, por que acho que fica longo pra quem escreve, e longo se alguém quiser ler. Pois bem...


A saída dessa vez foi mais tarde, nos encontramos na barra umas 9:00 e rumamos para o início da trilha, que de comprimento é bem menor do que as enfrentadas anteriormente, mas em altura, era gigante, já que subiriamos aquela pedra enorme...


Então, como sempre, nos preparamos na entrada da trilha, e lá fomos...






A primeira grande dificuldade que eu vi nessa trilha, foi a constante subida. Era um sobesobesobe que não acaba mais, e é meio sem graça, pois a paisagem se mantém constante, e cansa bem rápido, foram necessárias algumas paradas pra beber algo e descançar. Outra coisa que "pode" ter atrapalhado é que eu ainda estava meio doente... ;P

Obs: Ainda de cabelo grande... xD






Seguindo com o sobesobesobe, chegamos na chamada "Praça da Bandeira", uma grande clareira onde varias trilhas daquela área se encontram, e as pessoas aproveitam pra descansar e se preparar pra segunda parte, que é mais interessante...






Quando estavamos lá apareceram uns tiozinhos da entidade que faz a manutenção das trilhas e faz umas "rondas". Quando perguntei pro Edu "Quanto tempo até o topo", ele me disse que levaria umas 2 horas. Quando uns caras perguntaram pros tiozinhos quanto até o topo, eles disseram "Em menos de uma hora voce ta lá...". E essa é a parte em que voce se assusta... xD

Saindo da praça e seguindo até a próxima parada, a famosa "Carrasqueira". A partir desse ponto, a trilha ficou mais interessante, com algumas partes mais elaboradas e até com umas escaladas interessantes. Uma preocupação são as partes onde tem que depender de cabos ou de apoios pregados nas pedras, que SEMPRE parecem que vão cair...






Existe também um ponto interessante no caminho, a "Pedra do Navio", ou algo do tipo, que é uma grande pedra, suspensa no que parece ser o nada, que serve de teto para uma "Caverna" em baixo, que também é muito bom para descansar, apreciar a volta e tirar fotos!






Após bastante do sobesobesobe, finalmente fomos saindo da mata, e chegando na parte onde a vegetação é mais rasteira e nos aproximamos do topo. Você não acreditaria como aquele VENTO É FORTE! Ele te carrega se não tomar cuidado, quase caímos algumas vezes... xD

Rapidamente chegamos na famigerada "Carrasqueira", e ai descobri a razão do nome...






Essa foto foi tirada do alto da dita cuja, mas acho que dá pra ter uma idéia de como é subir isso, é MUITO INGREME! E o vento não colabora...

Mas com um pouco de sorte e pernas grandes (A Scheila compensa em sorte), conseguimos chegar lá bem, e a partir de lá, e como uma rota que circunda a pedra, onde temos umas visões interessantes...






Essa é a chamada "Pedra do Imperador", há quem diga que dá pra ver um rosto ali, mas pra mim, ainda é uma pedra... ; )

Não pretendo entrar em detalhes, mas existem muitas lendas a respeito desta Pedra, sendo dita como a "Esfinge" da Tumba do Rei Fenicio, e houveram uns estudos arqueológicos interessantes. Se quiser conferir... ;P


Seguindo um pouco mais, você encontra o imponente "Portal da Gávea", outro alvo de lendas e histórias, dito como uma entrada para o desconhecido...



E dizem que a Terra é oca também..........






Continuando nosso contorno por estas áreas, chegamos enfim a uma subida, que ao que tudo indica nos levará ao topo. Nessa estrada haviam muitas coisas interessantes, como uma enorme colônia de formigas vermelhas que atacou a todos, e como os bixinhos eram resistentes...

Passando correndo por esta parte, demos de cara com a primeira grande vista, que me deixou sem ar...






Agora entendo por que o Jack gritou "Eu sou o Rei do Mundo!"

Não se passou muito e alcançamos o topo, e ai enfim pudemos apreciar a vista. O vento continuava incrivelmente forte, o que acreditamos que era uma convecção das massas de ar...


Alguns grupos estavam lá subindo também, estava um sol bom, que balanceava o vento, e ai pudemos tirar várias fotinhas... ;P






Tinha uma grande área plana, GRANDE assim... \_____ 0 _____/
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Edu aproveitou pra fazer uns filmes pras próximas gerações...






Caminhamos pela área, e descobrimos a Pedra mais alta, mas que era díficil de subir. Scheila, com a ajuda do Edu, conseguiu alcançar o cume, e nós, tiramos fotos... ;D






Após a realização desse feito, e do outro feito que foi descer daí (xD), nos subimos em uma outra pedra em outra extremidade e todos contemplamos a vista enquanto acabamos com nossos sanduiches...






Bom, tempo é tempo, e não podemos perde-lo. Assim dissemos adeus ao pico e começamos a descer. A facilidade da descida é uma ilusão, pois a cada batida que meu joelho dava no degrau abaixo me sentia cada vez mais velho... xD


Passamos novamente por tudo, e a Scheila aproveitou pra tirar uma foto com o Imperador...






E como não poderia parar, mais um desafio se colocou em nosso caminho: mais uma vez a Carrasqueira, mas agora, temos que dar um jeito de descer! Quando chegamos lá, tinha um grupo que veio com guia descendo, eles colocaram uma corda presa no topo, que ajudava as pessoas na sua descida. Um grupo de jovens pediu ajuda ao guia, pois não tinham como descer (eles não eram da excursão). Extremamente irresponsável, pois, imagina se não tivesse o guia... ;D Edu tirou o equipamento de Rapel da mochila, amarrou as cordas, e falou pra nos prepararmos pra descer, pois Saullo e Eu seriamos os primeiros. É que nem nos filmes, você se joga pra trás, fica perpendicular a pedra, e vai "andando" pra trás...


Simples assim...






Mas vale acrescentar que ISSO ME DEU MUITO MEDO!


A sensação é estranha, mas é tudo bastante seguro: Você fica preso a essa corda, e o Edu vai te "Dando Linha" aos poucos, pois ele faz um nó com o pino de metal na pedra, que faz com que se voce puxar, a corda não venha, mas apenas se o Edu der linha, e o pino segura quase todo o peso, então é bem relax. Mas que dá medo dá...



Continuando a descida, passamos novamente pela Pedra do Navio, , mas agora por baixo, onde dá pra ver a tal caverna que comentei...






Antes estávamos acima dessa pedra grande, e o espaço ali é maior que parece. Parece um lugar bom pra acampar, já que tem um rio um pouco mais abaixo na mata... E no fim da aventura, como não podia faltar, um banho de Cachoeira, pra lavar a alma...






Essa cachoeira era interessante em particular, pois tinha seu proprio "lago", que era formado pela presença de uma represa natural logo adiante, e pudemos ver muitos girinos nadando. Saullo brincou com alguns, enquanto nos preparamos para tomar banho e descançar... Eu não tinha levado minha roupa de banho, então foi de cuequinha mesmo... ;D







E assim acabou mais uma aventura. Recomendo a todos a trilha, é um percurso de "extremos" (sobesobesobe descedescedesce), mas é muito bonito, e fora as formigas, sem perigos... ;P


Assim podemos ver o quanto existe neste mundo, e o quanto a nossa "Civilização" ainda é apenas o quintal dessa grande mãe...



E viva ás grandes aventuras que hão de vir! o/



E vamos nós, para o mundo de lá...


Grande Abraço,



Paz!



Victor T.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

E lá se vai um semestre...



Olá e um Bom Dia! ^_^



Bom, vimos mais um semestre ficar nos livros de história, e a cada um que se vai, percebo que mais rápido se vão...

Agora estou no que se pode chamar de "férias", e hoje é um daqueles dias em que fico pensando sobre os tempos idos, principalmente meu primeiro semestre na Faculdade. Conheci muitas pessoas novas, vi muuuita coisa interessante, e também percebi que o buraco era mais embaixo do que eu já pensava ser.

E sobre essa história de "buraco mais embaixo", isso me lembra algo que passei recentemente. Existe uma disciplina, chamada "Circuitos Lógicos" (CL), que meu curso tem de fazer, e que, num primeiro momento, pode ser bastante difícil.

Então, eram três provas, sem prova final, e você tinha de tirar 5 na média para passar. A primeira prova, o professor não estava de bom humor, a média da turma foi 2 e algo [não pergunte a minha ;) ], e lá fui eu "caminhando e estudando e seguindo a canção" para a segunda prova. Chegando à dita cuja, me enrolei com algumas coisas relativamente simples, e me dei mal numa prova que foi bem tranqüila para a maioria.

E passadas as outras matérias, voltei a ver CL, e ao descobrir a nota, veio o problema: Só tinha mais uma chance!

Cancelei tudo que iria fazer no final de semana, e me preparei para a prova segunda-feira. Essa preparação incluiu o uso de um relógio para contar o tempo e até a utilização de um Lápis novo!


Toda essa preparação foi por que o tempo de prova, era de uma hora e meia, mas cada questão levava uns 30-40 minutos, sendo três questões, então você tinha de ter um "Perfect Timing". E o lápis foi por que passei o semestre todo fazendo as provas com um daqueles lápis coloridos que você ganha em festinhas de crianças, que quando acaba a ponta atual, você tira e bota no fundo, ai surge outra "nova"... xD

Estava preparado espiritualmente na noite anterior para o que viesse, pois estava indo para uma guerra. Não "Eu vs CL" ou "Eu vs Prof.", era eu contra eu mesmo, uma "questão de honra"...

No dia da prova, peguei o ônibus de costume, e vale comentar isso por que coincidentemente, quando fui ler meu capitulo diário de Musashi, descobri que era o último, e enfim terminei o livro (recomendo pra quem tiver a oportunidade), e me senti ainda mais preparado, e era como se o próprio Musashi estivesse me desejando uma boa batalha.

Devido às minhas notas anteriores, eu precisava tirar algo como um nove nessa prova para passar, mas o meu objetivo era fazer o meu melhor, pois assim poderia aceitar o resultado satisfeito, e assim consegui, e sai de lá pronto para as Férias!

Bom, fim de história: descobri há pouco tempo que passei na matéria e que agora virão outros grandes desafios, mas é o que escolhi, quanto mais aprendo, mais vejo que tenho de aprender... ;D




E assim se foi um semestre, tive aulas com grandes Mestres, e por isso fui agradecê-los, pois eles estão ali passando conhecimentos de uma vida para mim que sou apenas um aspirante à ser humano, e eles retribuíram desejando bons ventos para nós nesses mares desconhecidos que estão por vir...

Engraçado que, passei o semestre letivo cheio de coisas a fazer, e agora, finalmente de férias, fico com essa sensação de vazio, e um sono eterno, deve ser fome... ;P

O bom é que agora posso me dedicar mais ao piano... *-*

A cada dia que passa, descubro mais de mim mesmo e do universo, e vejo que tudo está muito acima do bem e do mal...




Grande Abraço,

Paz!


Victor T

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bella Natura

Olá e uma Boa Tarde! ^^

Hoje me parece especialmente um belo dia, e aproveitando essa inspiração momentânea aqui estou!


E isso tudo me recorda da semana passada, quando saí com alguns amigos para uma caminhada pela Floresta da Tijuca. Foi deveras interessante, e é uma saga que vale a pena ser contada...


O horário combinado era de estar 7 horas lá, se não me falha a memória, no Alto da Boa Vista, o que, por sinal, não era nada perto, então tivemos que acordar 5:00h no Domingo (;D) e rumar para aquelas terras.


Chegar lá não foi difícil, e depois de esperar alguns minutos, eis que chegam nossos guias veteranos Scheilla e Eduardo (mas vocês podem chama-los de Scheilla e Eduardo), e começam os preparativos finais para a caminhada.


Depois de altamente protegido contra os mosquitos e com os equipamentos ligados, o Eduardo estava pronto, e assim estavamos Saullo, seu primo Rafael, e Eu, junto com a Scheilla, subindo a entrada do
Parque para conversar com um dos Guias Oficiais, e também para os veteranos tirarem algumas duvidas antes de partirem.



Eles continuavam se perguntando onde estava "Graziene", quando então um guarda apareceu e respondeu às perguntas. (Nota: "Graziene" era o nome do Guia, não tenho certeza qual nome era mesmo, mas fiquei achando que era uma mulher até o meio da Viagem!)


E ai então começou a "Grand Adventure":

(Da esquerda para direita: Scheilla, Eduardo, Eu, Rafael, Saullo)

Começamos então a subir por uma estrada de concreto, para então ingressar nas trilhas própriamente ditas.No inicio as trilhas eram intercaladas por trechos asfaltados, que depois desaparecem, dando lugar a pura paisagem.



Perto do fim das estradas de concreto, encontramos o primeiro marco: O Elefantinho (é tudo imaginação sua)

E seguindo mais adiante chegamos a primeira parada com banheiro e fonte, e o mais interessante: a água dos dois vinha direto das cachoeiras locais, gelaaaada! xD

Saullo, Rafael e Eu fomos até uma estação da Sedae próxima do local e tiramos algumas fotos na Cachoeira, enquanto os veteranos estavam no Banheiro...


A partir daí rumamos para o Retiro, que seria o último ponto "civilizado", antes de entrarmos diretamente na mata. No caminho para lá, passamos por vários pontos interessantes, como por exemplo a clareira onde os desocupados locais costumam ir praticar Tai Chi, e também, passando pelo Vale das Almas, aproveitamos para conhecer a Cachoeira das Almas, o que com certeza soa muito interessante... ;D

Passando pelo referido vale, chegamos e uma trilha que margeava um rio, que seguimos por longo tempo, até chegarmos no Retiro, que estava vazio, visto a hora. Rafael estava cronometrando e disse que já estavamos andando havia quase 1 hora (espanto de todos). Última chance para recarregar as águas e as bexigas, e aproveitar para comer um pouco e apreciar a vista. O Saullo com certeza gostou bastante da vista, principalmente a do shortinho de uma menina passando com um grupo de excursão.


No Retiro também encontramos um guarda que estava controlando a entrada de pessoas e de grupos por ali, alertando sobre o fechamento da trilha do Pico do Papagaio pelo surgimento de Abelhas Africanas no trajeto, tornando-o demasiado perigoso.

Tudo terminado, dissemos adeus àquele mundo de vaidades e entramos na mata:




(No Retiro)


Nosso Objetivo era o Pico Taunay, tanto almejado pelos veteranos, mas que eles não haviam conseguido alcançar até aquele momento. Começamos então a andar pela mata, tudo correndo tranquilamente, seguiamos os Waypoints do Eduardo com seu GPS até retomar o estado da antiga expedição.


Mas pelo que parece, nosso Guia Informante (Que eu achava que era A Guia), havia dado uma informação errada, ou melhor dizendo, imprecisa, e lá estavamos nós, no Vale dos Perdidos, aparentemente [irony]perdidos[/irony].

Nosso grande salvador foi o Eduardo com seu GPS, que sabia dizer onde estavamos em todos os momentos, mesmo quando o erro era de uns 30 pés... xD



Chegamos então a um ponto crucial na caminhada: "O Buraco com a Árvore", que era onde "o" Guia havia dito que deveriamos pegar certo caminho, e explicitamente não o outro. O maior problema era que, na direção indicada pelo "homem", não havia caminho, então seguimos por uma trilha que achamos e continuamos a trilha...

Vou te falar que andamos muito, e nessas andanças o tempo passou, e vimos muitas coisas, desde pássaros, até plantas muito interessantes, como está, uma das "Mother Trees" que encontramos por lá:

Acreditando ou não, eu não era muito mais alto que essas raízes não... ;D

Vimos algumas destas, sem poder dizer qual era maior que a outra. Mas havia uma que tinha uma caracteristica muito interessante: entre duas de suas raízes, surgiu uma outra raíz ligando uma a outra. O Eduardo ficou encantado, repetindo o quanto isso era biologicamente improvável.

Um ponto alto do dia foi minha súbita dor de barriga, que foi quando subitamente me dei conta de que estava no meio da Floresta, e estava sem muitas opções. Por sorte a Scheilla(Girl Power) tinha os equipamentos necessários, e pude experimentar um pouco da vida dos meus antepassados.

Depois de um certo ponto, Scheilla estava certa de que não tinhamos mais tempo, mas que poderiamos ainda assim tentar descobrir o que estava errado na trilha que estavamos fazendo, e guardar as informações para futura referência.

Assim então voltamos para o "Buraco com uma Árvore", e procuramos por outras trilhas, sem sucesso por alguns instantes. Encontramos caminhos, mas nada que nos levasse à alguma novidade boa, e então a Scheilla resolveu que deveriamos retroceder um pouco no caminho e pegar uma rota alternativa "perto" do inicio da trilha.

A Scheilla tinha uma noção de para onde tinhamos ir, pois nos dias anteriores recolhera pistas e evidencias da trilha escolhida, pistas essas que até aquele momento não haviamos encontrado.

Andamos por muito tempo, não sei dizer quanto, pois no Vale dos Perdidos, a mecânica Newtoniana não vale. Posso te jurar que vi algumas coisas interessantes no Caminho, como por exemplo uma Ninfa, mas deixemos isso para uma outra história... ;P

Meu pensamento estava longe durante a maior parte desse trajeto, até que a Scheilla descobre um caminho alternativo àquele que estavamos fazendo, mas que seria mais díficil, posto que a trilha estava mais fechada. Todos concordaram em seguir, e assim continuamos a aventura, seguindo agora por sendas cada vez mais estreitas, e adentrando um denso bambuzal.

Bambus esses que merecem uma citação especial, já que estavam por todos os lados, e cujos espinhos tinham uma estranha atração pelas mãos do Eduardo (e pela testa também). O Eduardo vez ou outra vinha reclamando que havia "pego no bambu", e viam-se varios espinhos em sua mão.

Eduardo e Scheilla então se separaram para avaliar duas sendas que se abriam a nossa frente. Eduardo havia jurado nunca mais "pegar no bambu", novamente, e então ligou seu Walk&Talk e seguiu por uma, e nós seguimos com a Scheilla. De repente, o Eduardo manda mensagem urgente: "Peguei no Bambu DE NOVO".

Foi engraçado de uma maneira não exprimível em palavras...

Mas voltando. Achado o caminho, continuamos seguindo, até que a Scheilla finalmente encontra uma das marcas que antigos exploradores haviam indicado, uma grande "chaminé em uma rocha":




Chaminé seria essa grande fenda na Rocha, que era gigantesca! Bem maior do que da pra ver na foto. O que também é visível é a a Alegria da Scheilla ao encontrar tão importante Milestone.

Todos estavam deveras empolgados, mas fatos eram fatos, e estava ficando tarde. Ali comemos o resto do Lanche, e então rumamos de volta para a entrada da trilha.

Tudo isso aqui durou um parágrafo, mas acreditem, "Falta muito Edu?" , "Um pouco"; é bem mais do que parece, e ficamos um bom tempo andando. Tanto que começei a abstrair da realidade e fiquei altamente autista durante um tempo... xD
E enquanto tudo isso se desenrolava, Rafael se concentrava em consumir seu "pó". (no more comments)



A viagem de volta foi bastante cansativa, por causa das subidas, e das escaladas em troncos, e etc (assado como peru de natal). Mas enfim conseguimos chegar no Retiro.


A sensação é como se estivesse fora do convívio humano por longo tempo, e então volta para o meio dos homens, como um Zaratustra que sai do estado Eremita e volta para o "mundo".


Havia lá um número incomum de pessoas, muitas eu diria, fazendo diversas coisas: Brincando com Filhos, conversando com amigos, e seilácoisasquesefaznomeiodafloresta.
(olha a mente poluída! ¬¬)


Todos trocaram de roupas, enxeram seus cantis e se prepararam para ir para a fronteira final: Cachoeira!
Por "todos", entenda-se Scheilla e Eduardo, pois Saullo, Rafael e Eu estavamos sentados em um dos bancos, ávidos por morfina.

Apareceram então um grupo de animais silvestres, que pareciam querer animar um pouco a paisagem, e pararam para dizer um "ola". Todas as atenções rapidamente convergiram para eles, que então passaram, até entrar novamente na mata.


E então continuamos a andar até a cachoeira, e tinha um considerável pedaço de chão entre nós... ;D

Caminhamos árduamente, e chegamos ao local referido, mas aparentemente este já se encontrava ocupado.

Mais precisamente, havia um casal aproveitando a tranquilidade do local para "fazer Joyces" e queimar algumas ervas.


Scheilla, não um pouco cansada e não um pouco impaciente, declarou que o lugar era público e liderou uma invasão à tão famosa cachoeira. -A visão é muito bonita- Rafael disse, e Eu concordei, mas percebi que ele não estava olhando pra Cachoeira, se é que me entende... ;D

Saullo se concentrava em tirar fotos com o Celular, ele tirou várias fotos, mas só algumas poucas eram da Cachoeira; as
outras?Nunca saberemos...


No início, os dois não estavam muito animados com a idéia de cair na água, já que a água é que ia cair na gente, e de bem alto!


Mas logo os dois foram convencidos e lá estavamos nós entrando rumando para o último grande desafio molhado!

A água estava extremamente gelada, mas foi também extremamente bom! Recomendo à todos, é uma experiência única, gelada e que vale com certeza a galinha inteira (vale a pena).

Depois do banho, todos se sentiram magicamente descansados, e prontos pra outra!!! ;D Ok, nem tanto, mas nos sentiamos muitos melhor, com certeza...

E assim rumamos para o fim da nossa expedição, estava ficando bastante escuro, enquanto caminhávamos pelas trilhas sem iluminação. Eduardo teve de se desfazer do Cajado do Poder, e teve problemas com o Joelho em um momento anterior, por isso estava com alguns problemas para andar, então tivemos de ir em um passo mais lento. Era dificil distinguir as sombras que estavam no caminho, e ainda mais o cheiro de Churrasco no ar, pois haviam DOIS acontecendo nas redondezas, enquanto ainda estavamos no meio do mato.

Depois de muito esforço e problemas com assaduras de 5º grau, conseguimos chegar ao ponto de início, a praça do Alto da Boa Vista, e nos declarar sobreviventes da excursão ao desconhecido.

Estava tendo um Churrasco de um Grupo de Motoqueiros, coisa de filme mesmo, muito interessante. Interessante também o Saullo de olho em uma menina com uma camisa igual a dele, no churrasco. Acho que ele queria comer carne... (?)






(Sobreviventes)




E assim fomos cambaleantes esperar o onibus que não vinha, e que parecia no infinito...Mas ele chegou sim, e fomos até em casa.


Não preciso dizer que fiquei quebrado a semana toda, né...? ;D


Mas com certeza valeu!


E aqui se encerra nossa saga. Foi uma história interessante, mas tenho certeza que ainda existe muito mais entre esses céus e terras, do que imagina minha vã filosofia...


Grande Abraço,


Paz!


Victor T.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Who the Fuck are You?


-x- The Blog -x-


Textos em português que não passam de literatura editada por alguém que pensa de mais e tem tempo de menos...



-x- Penda -x-






"The Killer of Kings and Saints, who shall never surrender, live free, and die well..."
;D




-x- The Author -x-


"Please allow me to introduce myself, i am a man of wealth, and taste..."



Por definição, Victor T. , 18 primaveras, mora na Cidade/Estado Rio de Janeiro, cursando atualmente Engenharia na UFRJ.


Aquele que pensa que tudo sabe, não sabe...
E aquele que tudo sabe nada diz.
..


No mais, cuidado,
"Omnis definitio periculosa est".



Contato:

MSN: vlouco@hotmail.com
e-mail: vitutc@gmail.com